É chegada a hora derradeira,
Como um fogo ardente em chama ligeira.
Ele sofre como fera ferida,
pressentindo o fim da sua vida.
O velho homem tenta enganar
e ao destino pensa em lograr.
Quem dera por um breve momento
ele pudesse parar o tempo.
Mas não há nada mais a fazer,
amargurado persiste em viver,
mas seu destino já esta traçado,
como uma sina, um destino selado.
Chega a hora da despedida,
ele vai preparando o adeus da partida.
O velho homem segue sozinho,
percorrendo o espinhoso caminho.
Pensa em tudo o que viveu,
traumas que nunca esqueceu.
Abraços e beijos guardados,
amores desperdiçados
Se pudesse voltar de repente,
quem dera à juventude distante.
Reencontrar velhos amores,
que abrandassem os seus temores.
Mas a vida segue sem parar,
Como um rio a caminho do mar.
Chega a última estação e parada,
sono eterno um suspiro e... mais nada.
Candido Coutinho
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