quarta-feira, 22 de setembro de 2010

2.08 A última estação


É chegada a hora derradeira,
Como um fogo ardente em chama ligeira.
Ele sofre como fera ferida,
pressentindo o fim da sua vida.

O velho homem tenta enganar
e ao destino pensa em lograr.
Quem dera por um breve momento
ele pudesse parar o tempo.

Mas não há nada mais a fazer,
amargurado persiste em viver,
mas seu destino já esta traçado,
como uma sina, um destino selado.

Chega a hora da despedida,
ele vai preparando o adeus da partida.
O velho homem segue sozinho,
percorrendo o espinhoso caminho.

Pensa em tudo o que viveu,
traumas que nunca esqueceu.
Abraços e beijos guardados,
amores desperdiçados

Se pudesse voltar de repente,
quem dera à juventude distante.
Reencontrar velhos amores,
que abrandassem os seus temores.

Mas a vida segue sem parar,
Como um rio a caminho do mar.
Chega a última estação e parada,
sono eterno um suspiro e... mais nada.

Candido Coutinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário