
Praia minha a mais bonita,
De areia e espuma rica,
Que enche a alma e excita,
Numa tarde de verão.
Praia da minha aldeia,
Que reflete a lua cheia,
O desejo que margeia,
Nas ondas da rebentação.
Desfrutar de beleza assim,
A praia o horizonte sem fim,
Sonho de querubim,
Felicidade encontrada.
De dia a luz ilumina,
O mar e a areia fina,
Companhia, alegria e sina,
Estação prenunciada.
À tarde o sol se vai,
O véu negro da noite cai,
O calor do verão que sai,
Crepúsculo e anunciação.
Nela tudo tem sentido,
O sol, o mar e o ruído,
Ondas quebrando em sustenido,
Água areia e canção.
Mas nem tudo é percebido,
O mar eterno e comprido,
Aos poucos se sente perdido,
Anuncio e premonição.
À noite escuto o rugido,
Deste ser embravecido,
Que geme e chora sentido,
Talvez mandando um sinal.
O mar é gigante e forte,
Mas o homem de sul a norte,
Impõe-lhe estrago e morte,
Luta inglória e desigual.
Eu temo por minha praia,
De areia e espuma rica,
Da aldeia a mais bonita,
Lindo lugar do meu torrão.
Candido Coutinho
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